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O projeto de Desenvolvimento de Capacidade e Desenvolvimento Produtivo e Sustentabilidade – Projeto Paulo Freire se consolidou como uma exitosa experiência no campo das políticas públicas de focalização no combate à pobreza rural. O processo de execução ofereceu novos caminhos, olhares e percepções capazes de romper velhos paradigmas que, ainda, perduram na relação das esferas publicas governamentais no trato com as questões que atravessam os povos e juventudes do semiárido. Aprendemos que não há uma juventude. Mas sim, juventudes que querem continuar contribuindo com o desenvolvimento rural hoje, porque não há futuro sem presente. Os saberes compartilhados com o conhecimento técnico aplicado, por meio de metodologias participativas, da prática dialógica que influiu com positividade na autoestima, em especial, do público jovem atendido pelo projeto. A inclusão das juventudes do semiárido conquistou a marca da ousadia, fundamental para alavancar importantes transformações. Esta edição feita com esmero e nos contornos do rigor cientifico, apresenta os dados quantitativos do monitoramento, sobretudo, descreve as vozes e as linguagens dos protagonistas e participantes dessa rica vivência plantada no coração do semiárido cearense. Assim, revela ganhos preciosos que estão para além dos expressivos números aqui contabilizados. Por outro lado, a felicidade, o afeto, autoestima, a autonomia, a solidariedade, a tolerância, a construção de novas lideranças e o desafio de gestar suas organizações, fundem-se com a qualidade de vida e as mudanças que ela proporciona. Pressupõe-se que o resultado qualitativo mensura avanços de ordem da natureza humana e do ambiente ao qual os sujeitos estão inseridos. Em Cartas das Juventudes observa-se o posicionamento desses jovens corações, a incidência política como um traço singular do processo de organização que revela a enorme riqueza da construção das relações sociais chama viva que acende a “humanidade”, com toda a sua diversidade, inerentemente ligado à identidade cultural de cada povo ou grupo social. O respeito à diversidade e não discriminação. São diversas aprendizagens para viver bem no semiárido, território e bioma da comunhão e do cultivo agroecológico, com sua dinâmica da integralidade entre sujeitos, natureza e o ambiente, que resulta em gente, em cidadão e cidadãs saudáveis. Nós que fazemos o Projeto Paulo Freire estamos imensamente agradecidas/os pela oportunidade de sermos parte desse semeadouro de possibilidades onde se vislumbram novas colheitas. |
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