Resumo:
Renovar a relação Estado-Sociedade, no Brasil, tem sido assunto em pauta nas últimas décadas. Nesse debate, inserem-se perspectivas teóricas como a Governança Pública e a Gestão Social, com suas devidas particularidades e algumas convergências. Simultaneamente, experiências consideráveis têm sido empreendidas, no país, através de formas colaborativas de gestão entre agências públicas e outros atores sociais. Abordando uma experiência dessa natureza, no âmbito da política de segurança hídrica no Semiárido brasileiro, este trabalho utilizou um design de pesquisa qualitativa. Foram empregados dados documentais e entrevistas, produzindo as narrativas para a análise realizada. Como resultado, procura-se evidenciar e discutir formas renovadas de gestão, forjadas na experiência acessada, destacando o provimento de soluções coletivas mediante papel ativo de famílias e organizações locais. Assinala-se, porém, a permanência de restrições, como a tendência de, frente às múltiplas lógicas de ação, contornar problemas decorrentes por mecanismos que inibem maior engajamento cívico.
