Abstract:
A retomada do cultivo do algodoeiro no semi-árido brasileiro, passa efetivamente pela consolidação de um novo modelo de cultivo, que leve em conta o perfil do agricultor familiar, justamente aquele que planta, cuida e colhe com a força do trabalha da sua família, e que deve se organizar para comercializar a sua produção com o mercado de preço justo. Esta condição, potencializa e direcionada o foco para o agricultura familiar tradicional e dos projetos de reforma agrária, que naturalmente estão vocacionado para trabalhar com a produção do algodão orgânico ou agroecológico, mediante a apropriação e adoção partilhada para produzir sem agredir o meio ambiente e a saúde do homem. Nesse documento, há uma sinalização clara da Embrapa Algodão, condicionando o avanço do novo modelo, a uma ação efetiva das instituições de assistência técnica e extensão rural para viabilizar a união, organização e a produção planejada dos agricultores familiares nos seus núcleos de produção, mediante o uso da metodologia das UTDs/Escola de campo, como ferramenta capaz de contribuir com a construção partilhada da lógica organizativa e produtiva dos agricultores familiares, que deve ser pautada na qualidade, quantidade e constância, como forma de consolidar e fidelizar produtos para o mercado de preço justo, contribuindo para a geração de milhares de postos de trabalho ao longo da cadeia produtiva do algodão sustentável. Nesse sentido, esta publicação enseja o desejo e a vontade da Embrapa Algodão, em poder estar contribuindo com a construção de uma nova lógica de inserção e cidadania conquistadas pelos agricultores familiares, através da produção do algodão orgânico e agroecológico, que por certo, espelhados nas tendencias do mundo em consumir produtos limpos, haverá de crescer em sua demanda, abrindo uma grande fronteira de produção para a agricultura familiar do Brasil.