Resumen:
Os processos de mapeamentos participativos são insumos de conhecimento orientados para contribuir na resolução pacífica de conflitos territoriais por terra, água e outros recursos naturais. A Fundação para o Desenvolvimento da Justiça e da Paz (FUNDAPAZ) desenvolveu e adaptou essa metodologia de mapeamento junto com as comunidades camponesas e indígenas do Chaco para possibilitar o diálogo entre diversos atores e influenciar diretamente nas políticas públicas com o objetivo de que essas comunidades tenham acesso ao território e aos recursos naturais. O mapeamento é uma metodologia de levantamento de dados e informações, e sistematização cartográfica orientada por objetivos territoriais específicos das organizações dos territórios. Os mapeamentos são implementados em cenários de alta complexidade sociopolítica, econômica e ambiental; e envolvem múltiplos atores com intenções, concepções e interesses muitas vezes opostos sobre o mesmo território ou recurso natural. Essa ferramenta metodológica pode ser executada e aplicada por famílias rurais, comunidades indígenas, organizações de base territorial com o apoio técnico de organizações especializadas da sociedade civil. Visa ser desenvolvida especialmente com os e as jovens, priorizando seu vínculo e conhecimento das tecnologias digitais. Desde o início da década de 2000 até hoje, essa ferramenta tem sido usada na região do Grande Chaco Americano para defender o reconhecimento dos direitos à terra e aos recursos naturais por parte das comunidades indígenas e habitantes rurais criollos1 , visando principalmente os direitos de propriedade coletiva sobre o território.
